terça-feira, outubro 24, 2006

Gosto da Primavera, das árvores a desabrochar riscadas de futuro. Mas não há beleza maior que a cor da folhas no Outono! Estou numa sala a olhar pela janela e a admirar o espectáculo das árvores despindo-se das roupagens amarelas, castanhas, avermelhadas, deixando ver, aqui e ali, o torneado sensual de algum ramo solitário...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Faz hoje anos que morreu Jacques Brel. Ah, Les Bourgeois, Les Bonbons, La Chanson des Vieux Amants!.... Mas sobretudo: Ne me Quitte Pas....................................................................!

quinta-feira, outubro 05, 2006

O amigo Zef informou-me (quanto ao meu texto aqui, de ontem) que o próprio Delgado em "Memórias de Humberto Delgado" conta o episódio com o "obviamente demito-o" . O "Janeiro" da altura (fui confirmá-lo porque era o jornal que o meu pai então assinava) diz demitia-o. Obviamente que o que vale é a versão de Humberto Delgado. Como me informava Zef, mesmo que não tenha sido assim, já passou a ser...
Fica corrigida (e eu de paz com ela) a minha ignorância da versão do General Delgado!
Viva a liberdade!
Viva a luta contra o medo!

quarta-feira, outubro 04, 2006

Eu só queria, hoje, recordar a luta de que Humberto Delgado, em 1958, foi primaz porta-voz (eu tinha 10 anos, mas lembro-me bem do entusiasmo, da alegria, do optimismo - que hoje andam tão arredios de nós - que se viviam na minha casa em Moimenta da Beira, quando todos ali sonhavam - e eu apenas sabia sonhar, como se perde depois esta pureza? Ah, mas posso recuperá-la, e tudo farei para que isso aconteça
como já vai confuso este período!
vejam o final de "O Nome da Rosa, do Eco: stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus) eu só queria recordar essa luta - que de necessidade hoje temos de não perder essas memórias! - mas tenho de acrescentar algo mais. Aqui vai:
Por várias vezes ouvi, durante anos, repetir uma célebre frase de Delgado:Obviamente demito-o, em relação a Salazar. Hoje, na rádio, ouvi esta frase várias vezes e, embora isto não tenha, se calhar, qualquer importância, vejo-me obrigado a corrigi-la:
O que Humberto Delgado disse não foi exactamente isso, mas o seguinte: tendo-lhe sido perguntado o que faria a Salazar se ganhasse as eleições, ele respondeu com firmeza=

Obviamente demitia-o! ( e não demito-o). É uma piquinhice minha? Não o sinto assim, porque o clima do Águia d´Ouro, onde a frase foi dita, e o do país, na altura, implica diferença na interpretação da frase, que obviamente resulta do tempo do verbo! Mas que é que isto interessa? Aos académicos, porventura, a fidelidade das palavras, a mim... bem, a mim (que ouvi esta frase fortíssima aos 10 anos) interessa muito!!!


terça-feira, outubro 03, 2006

Não sei como, apaguei o meu blog de ontem sem ter lido os comentários! Ainda não sei bem como funciona esta maquinaria! Um desgosto a seguir ao gosto que hoje refiro. De facto, os desígnios do (?) ... são insondáveis...

Com um pequeno passo, superei, hoje à tarde, um muito antigo medo de dizer e de ser. Não é nada de importante, a não ser para a minha pequenez, mas foi bom. Por isso aqui venho partilhar esta discreta vitória sobre mim. E a sério que, ontem, ao reabrir a loja, estava longe de imaginar que a razão que para tal apresentei se viesse a concretizar logo um dia depois!