Fui, hoje à tarde, ver o último Terrence Malick, "Novo Mundo", um belíssimo filme, um poema visual, como dizia o Y de 6.ª Feira, do Público... e ainda por cima com aquele incrível Mozart... daquele 2.º Andamento... daquele concerto para piano... Estavam pouquíssimas pessoas, e, por algumas conversas, pareceu-me estarem mais à espera de um Mundo Novo levado à letra!... Enfim!
No fim, de repente, regressou-me um momento quase esquecido dos meus anos 20: Tinha chegado a Angola para uma comissão militar havia uma semana, quando me convidaram para uma festa num musseque dos arrabaldes de Luanda. O que eu ali fui encontrar, foi algo de tão original, tão Mundo Novo, que, ao regressar a casa senti como se me tivesse lavado da sujidade que tinha levado daqui, como se daqui eu tivesse levado só sujidade... Passei o resto da noite a conversar com um camarada, que já ali andava há mais de um ano, e também ele, desde o início, tinha sentido isso, aquelas pessoas não podiam ser inimigas, nunca!, nós ali tinhamos estado em verdade no meio do nosso povo, e nunca nós conseguiríamos combater contrao nosso povo! Foi esta a minha primeira descoberta de África, e repito, quase tinha esquecido essa noite quando ela, no fim do filme, veio ter comigo. Quando regressei, muito mais tarde, sofri saudades de deixar África, mas um dia fiz uma descoberta: a pureza da minha África não tinha ficado lá, tinha vindo dentro de mim, agasalhada naquela noite... e essa descoberta, na altura, fez-me tão bem!
Este pedacinho da minha vida estava, portanto, quase esquecido dentro de mim: o filme foi-me mesmo importante para me ter feito regressar esses "momentos felizes"!!!
Um conselho: não percam!
No fim, de repente, regressou-me um momento quase esquecido dos meus anos 20: Tinha chegado a Angola para uma comissão militar havia uma semana, quando me convidaram para uma festa num musseque dos arrabaldes de Luanda. O que eu ali fui encontrar, foi algo de tão original, tão Mundo Novo, que, ao regressar a casa senti como se me tivesse lavado da sujidade que tinha levado daqui, como se daqui eu tivesse levado só sujidade... Passei o resto da noite a conversar com um camarada, que já ali andava há mais de um ano, e também ele, desde o início, tinha sentido isso, aquelas pessoas não podiam ser inimigas, nunca!, nós ali tinhamos estado em verdade no meio do nosso povo, e nunca nós conseguiríamos combater contrao nosso povo! Foi esta a minha primeira descoberta de África, e repito, quase tinha esquecido essa noite quando ela, no fim do filme, veio ter comigo. Quando regressei, muito mais tarde, sofri saudades de deixar África, mas um dia fiz uma descoberta: a pureza da minha África não tinha ficado lá, tinha vindo dentro de mim, agasalhada naquela noite... e essa descoberta, na altura, fez-me tão bem!
Este pedacinho da minha vida estava, portanto, quase esquecido dentro de mim: o filme foi-me mesmo importante para me ter feito regressar esses "momentos felizes"!!!
Um conselho: não percam!
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