segunda-feira, julho 10, 2006

Hoje, ao fim da tarde, após uma hora de natação, deparei-me com isto, e fiquei a pensar...


O ruído dos povos - Ah! Ruído de povos
numerosos
como o ruído do mar;
bramar de nações
como o bramido de intempestuosas águas.
Ele as ameaça e elas fogem para longe
como o feno dos montes levado pelo vento,
como redemoinhos diante do vendaval.
Pela tarde vem a consternação;
antes da manhã já nada existe.
Esta será a sorte dos que nos saqueiam,
a sorte dos que nos despojam.


Julgo que sabem de onde isto foi pescado, mas eu digo: ISAÍAS, 17 - ORÁCULO CONTRA DAMASCO.

2 Comments:

At 12:54 da tarde, Blogger zef said...

Isto é parte do que se considera poema grande da literatura universal(continuas de gosto afinado!). Parece-me, no entanto, que, no meio de tantos oráculos de destruição, os "jardins de Adónis" floridos logo de manhãzinha depois da sementeira (aparecem um bocadinho antes desta passagem)mantêm-se e recomendam-se...

 
At 10:20 da tarde, Blogger Aires Montenegro said...

Sim, Zef, mas que a "colheita" não seja "nula no dia da desgraça" nem o "mal" possa ser "irreparável"...
Uma confissão: agnóstico que sou, por mais voltas que dê venho sempre parar à maravilha deste "poema grande da literatura universal", de que tantos falam sem bem saberem porquê.
Temos de nos encontrar um dia destes!

 

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