Fui passar alguns dias a Armamar, a minha terra. Que é que isso interessa?, perguntarão. Apenas isto: senti fisicamente uma revolta surda daquela minha gente, que vive o ano inteiro longe dos garndes centros, abandonada: fecharam-lhes escolas, fecham-lhes a maternidae de Lamego (não discuto as razões), parece que lhe s vão fechar o Tribunal e as Finanças... Que lhes resta? Dizem-me: morrer! Já quase se não nota vontade de lutar (como nos tempos do Aquilino!). Também se não notam partidarismos, apenas mágoas... Um daqueles que vai matando o tempo no único café da minha aldeia dizia-me: o nosso voto já não vale nada, e quantos menos formos, menos vai valer!
Será que ele tem razão?
Sinto-me triste!
Será que ele tem razão?
Sinto-me triste!
4 Comments:
triste país o nosso insistindo em abandonar as nossas gentes...
... e onde a quantidade dita as leis.
Muitos querem que, pouco a pouco, fiquemos carneiros iguais aos de Panúrgio...e até parece que está a ser "simplex". Cá por mim, ando a uivar há bastante tempo...e ainda acredito numa boa alcateia...
tsiwari:sim, triste país!!!
Zef: Vá lá que "Quando os lobos uivam" ainda pode haver esperança!
Para quem conhece toda essa zona de armamar e não só (embora não nascido aí), é triste, ver perder e diluir-se em esquecimento toda a nossa identidade como gente, com especiais características de identidade de uma região, de locais cheios de historias e principalmente, o e apenas, o angustiante "morrer" da alma de um povo, das suas tradições, raízes e sabedoria. Parece poético mas enfim retrata a dura realidade do nosso país, suavizado entre aspas "morrer" , por jovens que teimam em lutar, quer pelas suas personalidades/sensibilidades, quer por tudo aquilo que lhes foi transmitido pelos seus pais, avós ou Povo. A herança cultural. Bem hajam.
Ass: JêPê lisboa
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