Nas vésperas do 25... recordo uma tarde, uma ponte, um tema musical. No dia 21 recordo uma recordação. Regresso ao meu blog com mais um poema:
o tempo dilacera a alma com espinhos
(o tempo mal vivido cria espinhos)
para que não custe tanto suportá-lo
em uma lágrima nova suportá-lo
e navegar em outras maneiras de dizer
fugindo das morna sensação
de colocar palavras na paisagem
primordial primaveril
(a alma sofre o tempo malvivido)
então:
vem deitar-te a meu lado e
espalhar a luz com o teu corpo
no espaço geométrico
da árvore sem folhas
(a casa mal vivida é a dor do tempo)
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