dizia, há dias, um pedinte:
um gajo cansa-se de pensar na morte
disse e aquietou quem o ouviu
disse e sossegou
cansarmo-nos da morte é não morrer
cansarmo-nos da morte é não pensar
no labirinto da vida
que amarga as horas que deviam ser felizes
cansarmo-nos da morte é o labirinto
em vontade de o percorrer
de, percorrido, o destruir
de, destruído, chegar a ser pedinte
neste gesto grato de o ser
5 Comments:
... o nosso caminho é sempre um labirinto, nem sempre tem saída... ou tem sempre a mesma saída? ou é um beco sem saída???
( nota 1: eu vivo num andar, felizmente perto de um parque "construído" pelo programa Pólis; em 2 minutos ponho-me lá para dar umas passeatas e ando realmente é nesses passeios que percebo o que se foi perdendo desde que íamos passar férias a casa dos avós, no Douro, parece que foi há séculos!...
nota2: tem os seus textos guardados? guarda-os em papel? já pensou em publicar? conhece a opção www.bubok.com? pode ser interessante para se ficar com o registo em appel, é grátis)
Abraço.
saltei texto e ficou sem sentido - seria assim: e ando realmente a gostar da observação de árvores e pássaros e é nesses passeios...
peço desculpa!
rendadebilros:
A minha mãe, com quase 94 anos, mas muito lúcida e de óptima saúde - salve! - vive num andar, mas adora vir a minha casa, porque viveu grande parte da vida também numa casa de aldeia, no Douro. Eu tenho o privilégio de viver numa quinta sem vizinhos, casa enorme que até dá para tocar violoncelo à noite sem acordar quem dorme! O querido ZEF conhece bem...
Tenho muitos textos guardados, destruí outros, mas a maior parte espera na gaveta ou na cabeça. E sim, já publiquei, poesia e prosa, mas o estilo não anda de mãos dadas com modas. Não faz mal. Vou descobrir essa opção www.bubok. Um abraço pela atenção que me ofereceu.
No Douro? - Quer ver que temos algo mais em comum além do gosto pelas palavras, pelos paisagens (vividas de preferência) e da idade próxima ( conhece o Zef? não me diga que também é professor?)- Onde? Os meus pais ainda têm uns quintalinhos que foram dos meus avós maternos , onde passei as férias grandes em criança em S. Tomé de Covelas ( perto de Tormes, do Eça da "Codade e as Serras) , concelho de Baião.
Abraço.
(Pois espreite essa opção de publicação: é gratuita. Diga-me o que tem pubicado e onde, se não for maçada; caso queira contactar-me por e-mail , tenho muito gosto: pintoalexandrina@sapo.pt)
No Douro, sim, mas mais adiante: acima da Régua - ARMAMAR! (onde nasci e aonde vou todos os anos). O Zef? Pois claro, até foi ele o apresentador do meu primeiro livro - "Sagrado Letes", poesia. Professor? Também, mas aposentado desde 28 de Abril! Razões? Várias: tempo livre para o que gosto de fazer e desencanto com a escola, ou deverei antes dizer "empresa"?
Os meus livros, ainda poucos, foram editados por pequenas editoras e não se encontram por aí... Desencantei-me também cpom certas editoras, mas estou a estudar umas propostas novas. Quem sabe?
Contactarei por e-mail, com igual gosto.
Abraço.
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