As pétalas das rosas
húmidas de arco-íris
tecem em vermelhão o entardecer
sangrento de desejos,
voz melancólica de belezas longínquas:
a saudade não vivida
a dor que não pudemos suportar
a ternura que não quiseram que provássemos.
Em rubor afogueado
o dia aferra ao cais da noite e
descansa nas já secas pétalas das rosas.
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