Fui passar alguns dias a Armamar, a minha terra. Que é que isso interessa?, perguntarão. Apenas isto: senti fisicamente uma revolta surda daquela minha gente, que vive o ano inteiro longe dos garndes centros, abandonada: fecharam-lhes escolas, fecham-lhes a maternidae de Lamego (não discuto as razões), parece que lhe s vão fechar o Tribunal e as Finanças... Que lhes resta? Dizem-me: morrer! Já quase se não nota vontade de lutar (como nos tempos do Aquilino!). Também se não notam partidarismos, apenas mágoas... Um daqueles que vai matando o tempo no único café da minha aldeia dizia-me: o nosso voto já não vale nada, e quantos menos formos, menos vai valer!
Será que ele tem razão?
Sinto-me triste!