quinta-feira, junho 29, 2006

Felizes os que acreditam nas palavras que escrevem!

sábado, junho 24, 2006

Ontem escrevi aqui: "...só vai sobrar um tipo de vítima: o Aluno".
Hoje pergunto (como Poirot perguntaria) :
E quem é que vai lucrar mais com este ataque cerrado ao ensino público?

quinta-feira, junho 22, 2006

Por vezes também me surgem ideias! Esta, por exemplo, nascida no seio do futebol:
O que mais une os portistas não é o FCPorto, é o serem contra o Benfica! (Eu sou portista, mas gosto de futebol, o que é diferente.) Ora, o que mais pode unir o governo não é ele mesmo, é um inimigo externo. O M. da Educação (?) teve a missão de o encontrar: os Professores, sem ver que os Professores não são externos, por muitos nomes que agora lhes queiram institucionalmente pôr, como titulares ou suplentes... (também influência do futebol!) Então, uma cambada de fazedores de opinião, que ridiculamente escreve (?) nos jornais ou fala (?) na TV e Rádio, julgando-se inteligentes, morderam o isco e toca a desancar nesses inimigos. E chegámos a isto! É mais fácil ter sucesso ao lado do senso comum, veja-se o caso da literatura, do que pensar por si. Mas o mais engraçado é que esses fazedores de opinião julgam que pensam por si! E ainda não perceberam que no meio disto tudo, por mais que digam outra coisa, só vai sobrar um tipo de vítima: o Aluno! Mas alguém, neste país, para além dos Professores e alguns Pais, está preocupado com os Alunos? Eu nem quero pensar em tantos exemplos históricos em que o poder seguiu esta estratégia!...

P.S. (é mesmo post scriptum, não é piada) Já contaram o número de vezes que A Ex.mª Ministra da Educação disse as palavras PROFESSORES e ALUNOS? Contem e depois comparem, para verificar qual a sua principal preocupação!

terça-feira, junho 20, 2006

Era fechar o Governo, não era? Mas deixem lá, fechar o país também não seria assim tão mau! Apesar de tudo, ainda bem que, até ver, se pode dizer isto em público, que eu sou do tempo em que até pensar era perigoso!

Segundo a televisão, os jornais e a rádio, o que de mais importante hoje aconteceu foi o jogo de futebol que só amanhã se jogará!
Eu gosto de futebol, julgo-me insuspeito.
Dói-me um país assim domesticado.
Mas há tantos países assim, que não pode haver tantos...

Razão tinha um amigo (ai, Cap,Cap!), hoje, que dizia,
-Se fecham assim maternidades, porque não fechar também o país?

quinta-feira, junho 15, 2006

Soube-o agora: morreu György Ligetti - descobri-o no seu terrível Requiem, a música que acompanha, no meu ainda filme preferido, a aparição do monolito: "2001 - Odisseia no Espaço". Kubrick devia ter gostado muito dele - lembram-se daquele piano, nota a nota longinquamente preenchendo a solidão e o espanto (dor? ciúme?) do Cruise na noite de Nova Iorque?
Ligetti acompanhou-me muito estes últimos anos, mas não foi uma companhia de felicidades, antes de constantes inquietações. Por isso mais sinto a sua partida.
Um conselho para quem isto vier a ler: vão a qualquer sítio e procurem música dele (há muita), e ouçam-na. Ficaremos todos mais ricos!

Raul Brandão, caramba! Não sei como se emenda esta coisa!

Tomo nas mãos o "HÚMUS", de Raul Branão. Que espanto, que de pequenino me sofro perante tão simples e cruel saber:

"NOVAS MÁXIMAS

18 de Junho

Repete isto: a bondade é um sentimento falso e o mais artificial de todos os sentimentos. (...)
Eu sou a única consciência desta barafunda cega e sôfrega. (...)
Ah, sim, a ironia... Há-de te servir agora de muito a ironia!"

(
Ed. Vega, colecção MNÉSIS, pgs 133-134)


E este tipo deixa-me sempre horas a pensar!...

terça-feira, junho 13, 2006

Eis a música da chuva no telhado, o cheiro primitivo a terra molhada, a beleza dos relâmpagos e a companhia dos trovões... é noite, e não me sinto só.

domingo, junho 11, 2006

Os figos maduros são fáceis de trincar; o difícil é saber se, de facto, estão maduros. Ainda mais difícil, ainda que o estejam, é saber apreciá-los...

quinta-feira, junho 01, 2006

O verdadeiro mendigo é o que não recebe nada. O problema, eu sei, deve ser dele!...